O Perdão de Deus como fruto da ‘’Graça’’!
"Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de TODO pecado."
(I João 1.7)
Então porque você acha que algo que você fez é exceção a esse "TODO pecado"?
O admirável apóstolo Paulo (que, embora tenha sido o principal apóstolo em termos de divulgação e de aprofundamento teológico na Palavra de Deus, era um ser humano que também sofria que errava e que era tão pecador quanto você) disse que Cristo veio salvar os pecadores, entre os quais ele era o pior!
(I Timóteo 1.15).
O pecado seu é pior que o meu, que o de Paulo ou que o de qualquer outra pessoa? Claro que não! Somos todos iguais, afastados de Deus pelo pecado, porém reconciliados em Cristo. Mas você às vezes se acha menos digno do que um estuprador ou um assassino. O que lhe atormenta é apenas fruto de não compreensão da Palavra de Deus e fruto de um trauma religioso. Alguém lhe passou um conceito equivocado sobre Deus, sobre pecado e sobre salvação e agora você fica nessa situação. Não é fácil quebrar paradigmas e desconstruir conceitos já assimilados, mas vamos com calma.
Talvez você esteja angustiado por ter feito algo que considera abominável aos olhos de Deus: essa angústia toda que possui, caso fosse colocá-la em um pacote, você a colocaria em um pacote chamado "céu" ou em um pacote chamado "inferno"? Imagino que sua resposta será "inferno", pois viver assim, se é que podemos chamar de vida, realmente é um inferno. E Deus não apenas nos tira do inferno, mas também tira o inferno de nós. Precisamos crer nisso e vivermos pacificados.
Imagine a pior pessoa que já passou pela Terra. Não sei em quem você pensou, mas vou dar um exemplo de homem que dizia "conhecer a Deus" e que era um "diabo" em vida: Hitler! Vou lhe dizer uma coisa com total sinceridade e convicção: Se viesse um anjo do céu me dizendo que Hitler blasfemou contra o Espírito Santo eu diria a ele: "Tem certeza? Pois inicialmente não consigo acreditar em você!". (Estranhou por quê? Paulo também falava que se viesse um anjo do céu anunciando uma mensagem diferente do Evangelho, era para rejeitá-lo! - Gálatas 1:8). Mas por que digo com tanta certeza?
Pois cada vez que assumimos uma blasfêmia contra o Espírito Santo praticado por alguém, limitamos o poder e o amor de Cristo na Cruz. Jesus se entregou pelo homem justamente por Ele ser mau, depravado, caído, desligado de Deus (pecador). Ele fez o que ninguém poderia imaginar: perdoou o homem, reconciliando-o consigo. Do Hitler a mim e a você. Todos tivemos nossos pecados perdoados na Cruz (e antes que alguém me chame de "universalista", adianto que rejeito esse rótulo. Não estou dizendo "onde" e "como" Hitler passará a eternidade, pois jamais poderia fazer esse tipo de julgamento. Apenas creio que todo homem foi reconciliado na Cruz, embora eu não creia em universalismo, pois o conceito de salvação vai muito além disso, mas não cabe discutir aqui).
E veja bem: Pecado não é meramente uma atitude imoral que eu pratico. Pecado é o que eu sou. É minha tendência a fazer o mau, é minha inclinação para longe de Deus. E é esse pecado que somos que foi resolvido na Cruz. O que chamamos de "pecados" (atos imorais) são apenas consequências dessa nossa natureza. Enquanto estamos neste mundo, neste corpo corruptível, estamos sujeitos aos reflexos dessa nossa natureza pecaminosa. Porém, ao mesmo tempo, estamos reconciliados com Deus em Cristo, sendo, portanto contados como justos perante Ele. Agora quando dizemos que uma atitude de alguém chegou ao ponto de nem o sangue de Cristo (perdão de Deus) ser capaz de cobrir, estamos limitando o poder da Cruz. É como se a capacidade do homem pecar fosse maior que a capacidade divina de perdoar. Que "deus" pequeno é esse que não supera nem um mísero homem? O Criador é mais fraco que a criatura?
Quem vive nessa angústia geralmente alega que sente dentro de si uma batalha, como se parte dessa pessoa quisesse o bem (algo dizendo para fazer o que é correto) e parte quisesse o mal (algo dizendo para fazer algo ruim). Esse conflito é humano e todos vivemos em maior ou menor intensidade. Temos uma natureza má, pecaminosa e ao mesmo tempo, o poder da ressurreição de Cristo atua em nós, agindo em nosso ser, pelo Espírito Santo.
O apóstolo Paulo falou sobre esse conflito interno que todos sentimos: Nos primeiros capítulos da carta aos romanos é esse o tema. Ele fala que todo homem é pecador, afastado de Deus, mas que algo dentro dele age de forma contrária a isso. Ele chega a dizer:
"O bem que desejo, não pratico; o mau que não desejo, esse eu faço"
(Romanos 7:18,19).
Todos somos assim. Quantas vezes fazemos algo e depois pensamos: "Eu não deveria ter feito ou dito isso". Mas isso complica quando não lidamos bem com essa situação e ficamos culpados e amedrontados. Acredite: você tem uma natureza má, mas ao mesmo tempo o Espírito de Deus habita em você, indicando a você o Caminho que conduz à vida. Fique pacificado, sabendo que não importa o que faça, Ele não abandona você. E sabendo disso, procurará viver conforme o amor dEle, com consciência, em amor, amando você mesmo, amando seu próximo e amando a Deus. Esses atos tolos que consideramos blasfemos afetam apenas você, pois lhe deixam culpado, angustiado e com medo. Mas Deus continua sendo o Deus que ama você incondicionalmente.
Se algo lhe incomoda e lhe mostra a necessidade de mudar de mente (arrepender-se), é o Espírito Santo fazendo isso, pois Ele habita em você (mais uma prova que você não blasfemou contra Ele, pois blasfemar implicaria em um afastamento total e definitivo de Deus). Se você xingar Deus ou o Espírito Santo com vários palavrões, não irá cometer essa blasfêmia imperdoável. Será apenas um ato ingênuo e de pura tolice de sua parte, pois não tem o mínimo sentido. Se você virar ateu, se negar Deus e fazer todo tipo de ofensa a Ele, é a mesma coisa. Pura tolice e ingenuidade.
Sabia que um dos maiores teólogos de todos os tempos, C.S. Lewis, por muito tempo foi ateu? Ele negava veementemente Deus e do meio de sua vida em diante transformou-se em uma das maiores mentes em relação à defesa da fé cristã. Se negar Deus (ateísmo) fosse blasfemar, Ele nunca teria "se convertido". Blasfemar contra o Espírito Santo é desligar-se completamente e definitivamente dEle e não me pergunte como isso é possível, pois eu diria que é humanamente impossível. Esse é um dos mistérios de Deus que jamais saberemos nessa vida, mas fato é que você deve ser sincero consigo mesmo: você acha que Jesus Se entregaria na Cruz para reconciliar o homem com Deus, o perdoaria, o salvaria e deixaria você de fora apenas por ter pensado, dito ou feito algo contra Ele?
A escritura é clara ao dizer que o Cordeiro de Deus (Jesus) foi imolado antes da fundação do mundo e você acha que é capaz de aqui, na história, fazer algo que invalide algo que é eterno? Todos os homens falam e/ou fazem algo contra Deus todos os dias. Jesus disse em Mateus 25 (parte final) que quando vemos um necessitado e não ajudamos, estamos ignorando e não ajudando o próprio Deus, pois servir a Deus é servir ao nosso próximo. Se fosse para colocar em uma escala de gravidade, muito pior seria ter condições e, em vez de de ajudar, passar reto por um morador de rua, fingindo que não o viu, do que xingar Deus de todo tipo de "palavrão" ou de dizer que Ele não existe.
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