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O verdadeiro Poder por traz do jejum bíblico!


O jejum é uma das principais ferramentas para a comunhão com Deus. Mas o que significa jejum espiritual?


Simplificando, é a abstenção de alimento para finalidades espirituais. O objetivo é conduzir uma pessoa à plena lucidez espiritual e facilitar a profunda comunhão com Deus, pois o organismo não utilizará energia para a digestão, de modo que o cérebro terá mais energia para refletir nas coisas espirituais. Como prática religiosa, é voluntário, exige pureza de vida e exclui a exibição.

No Evangelho de Jesus segundo escreveu Mateus, é registrado duas passagens acerca do jejum que parece ser contraditórias, observe:

‘’Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão. ‘’ (Mateus 9.14,15)

‘’E, quando chegaram à multidão, aproximou-se lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo: Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água; E trouxe-o aos teus discípulos; e não puderam curá-lo. E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-o aqui. E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou. Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo? E Jesus lhes disse: Por causa de vossa incredulidade; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. ‘’ (Mateus 17.14-21)

A primeira situação registrada por Mateus é uma pergunta que alguns discípulos de João Batista o fizeram a Jesus, indagando-o porquê os seus discípulos não jejuavam, enquanto eles e os fariseus sempre jejuavam.

A segunda situação registrada por Mateus, diz respeito a um jovem que se encontrava endemoniado e por isso enfermo, e os discípulos de Jesus não conseguiram expulsar o demônio. O pai do jovem endemoniado o levou até Jesus que exclamou dizendo: ‘’Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei?’’. E somente com uma repreensão o demônio saiu do jovem e ele sarou de sua enfermidade. Mas não terminou por aí! Após essa atitude de Jesus, em particular os discípulos o perguntaram por que não conseguiram expulsar aquele demônio.

Vamos aos motivos:

‘’Incredulidade’’

A incredulidade é uma recusa deliberada a crer. Nasce do desejo de rejeitar o que é verdadeiro sobre Deus por motivo de conveniência (só buscar seus próprios interesse e o que lhe aproveita).

É olhar para Deus, não se agradar do que se vê e recusar-se a confiar. Há volição (vontade própria) na incredulidade. Parece quase impossível que uma coisa como essa aconteça.

O que levaria uma pessoa a sufocar a verdade que dá sentido à própria existência? Porém, a Bíblia ensina com clareza que há algo como a incredulidade. Os incrédulos tomaram conhecimento da verdade e não se agradaram dela. Nem todo o que crê em Deus ama o que sabe ser verdadeiro. Os demônios creem e tremem (Tiago 2.19). Sua fé só serve para aterrorizá-los. Uma coisa é saber que Deus existe. Outra coisa é amar a Deus.

Apologistas cristãos precisam saber disso. Levar uma pessoa a crença na existência de Deus e veracidade do cristianismo não é suficiente. Todo o ser humano carece de uma obra do Espírito Santo no coração, por meio da qual as afeições são afetadas numa tal extensão que, o homem é levado a amar o que passou a saber ser verdadeiro sobre Deus.

‘’Falta de fé’’.

D. L. Moody certa vez disse:

''Orei por fé e pensei que qualquer dia a fé baixaria e me atingiria como o relâmpago. Mas a fé não pareceu vir. Um dia li em Romanos 10, "A Fé vem pelo ouvir, e ouvir pela Palavra do Deus." Então abri minha Bíblia e comecei a estudar, e a fé vem crescendo desde então.''

O autor de Hebreus define a fé nessas palavras:

‘’Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem. ‘’ (Hebreus 11.1)

A é adquirida através do conhecimento de Deus. E isso requer um relacionamento com a Sua Pessoa. De fato, a multidão que rodeava Jesus o seguia pelos pães que ele multiplicava, mas não sabiam quem de fato Ele era (O Cristo, Filho do Deus Vivo).

No seu discurso sobre ter ‘’comunhão com Ele’’ (João 6.26-69), muitos dos seus discípulos o abandonaram, porque a fé deles não está fundamentada na ‘’Palavra’’ e sim no ‘’interesse próprio’’.

Jesus disse:

‘’O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida. ‘’ (João 6.63)

A fé verdadeira é aquele que é firmada no conhecimento da ‘’Palavra de Deus’’. Pedro e os apóstolos tinham conhecimento de quem eles seguiam, e ele exclamou pelos apóstolos:

‘’Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus! ‘’ (João 6.68,69)

É preciso compreender que a ‘’Obra da Salvação’’ é realizada por Deus (Efésios 2.8,9). A fé, arrependimento, regeneração, justificação e adoção isso é comprovado nessas palavras:

‘’Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscitá-lo no último dia.’’ (João 6.44)

‘’Está escrito nos profetas: Todos serão ensinados por Deus {Is 54,13}. Assim, todo aquele que ouviu o Pai e foi por ele instruído vem a mim. ‘’ (João 6.45)

O Espírito Santo nos leva a crer em sua ‘’Palavra’’, porque Ele mesmo dela dá testemunho.

E quem é a ‘’Palavra’’? Jesus Cristo (João 1.1,2).

‘’Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim (Jesus). ‘’ (João 15.26)

É Ele quem nos ensina a ‘’Palavra’’ que nos traz a .

‘’Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. ‘’ (João 16.13)

Aqueles que de fato foram escolhidos por Deus, devem perseverar crescer na graça e no conhecimento. (II Pedro 3.18)

O intrigante nessa situação é que os discípulos não conseguiram expulsar aquele demônio (mesmo que tenho tido expulsado vários outros) esse eles não puderam que pela resposta de Jesus aquela casta só sairia com ‘’jejum e oração’’ (Mateus 17.21). Mas note que no capítulo 9 é retratada uma pergunta que afirma que os discípulos de Jesus não jejuavam e o Mestre confirma ao dizer: ‘’Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão. ‘’ (João 9.15).

A plenitude do Poder de Deus, só viria de uma comunhão com Deus (Jejum e oração) intima que só é produzida através do Espírito Santo. Ele nos convencer, consola e nos leva para o centro da vontade de Deus! Sem a ação do Espírito Santo em nossas vidas, não adianta orar, jejuar, pregar, cantar não terá efeito algum em nós. Ele é a resposta para as maiores indagações do homem.

Os discípulos não tinham poder para expulsar aquele ‘’casta de demônio’’ porque o Espírito Santo não havia sido derramado ainda sobre eles.

No dia de pentecostes Ele foi derramado sobre toda carne. Ele é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (Romanos 1.16)

Ele é o Todo-Poderoso, e hoje somos habitação dEle.

Não temos o que temer se de fato somos sua habitação.

Qual a forma de se entender e compreender as ‘’Escrituras’’?

"Orare et Labutare", numa tradução apropriada seria: "Orar e Labutar", ou seja, orar e estudar. É o lema hermenêutico de Calvino, algo encontrado na própria Palavra de Deus. Em Atos dos apóstolos 6.4, os apóstolos disseram: "Nós nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra". Orar porque a Bíblia é revelação divina e labutar (estudar) porque ela é humana e histórica.


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